Na foto: Dr. João Pedro – Procriar.
Uma das maiores dúvidas dos casais que fazem fertilização in vitro (FIV), diz respeito à gestação de gêmeos. Afinal, as chances de ocorrer uma gravidez gemelar nesses casos são mesmo maiores? O ginecologista e especialista em reprodução assistida, Dr. João Pedro Junqueira Caetano explica que a chance existe, mas não na proporção que muitas pessoas imaginam.
O especialista explica que, em um tratamento de FIV, para otimizar as chances de gravidez, são transferidos de dois a três embriões para o útero da paciente, a depender da idade de cada uma. E isso, consequentemente, amplia os riscos de uma gestação múltipla. “Quando fazemos FIV em uma mulher de até 35 anos, nós transferimos no máximo dois embriões para o útero dela. Se o tratamento obtiver sucesso, em 80% das vezes, a gravidez será única e somente em 20% dos casos será gemelar”, ressalta.
No Brasil, a chance de ocorrer uma gravidez de gêmeos de forma espontânea, sem tratamentos, é na ordem de 1 para cada 100 partos (1%). “Tem que se deixar claro que ao fazer um tratamento de reprodução assistida o mais comum é a gravidez única, mas a chance de uma gestação múltipla é da ordem de 20%, ou seja, bem maior do que se fosse de uma gravidez espontânea”, esclarece.
Contudo, segundo Dr. João Pedro, com o avanço das técnicas de reprodução assistida, uma clínica é hoje bem reconhecida e bem avaliada por excelentes taxas de gravidez com o menor número de embriões transferidos. Para isto, uma das estratégias do Grupo Huntington nacionalmente é estender o cultivo dos embriões até o estágio de blastocisto, isto é, 5 a 6 dias de cultivo mimetizando exatamente o tempo de desenvolvimento do embrião no ambiente natural, que são as trompas. Quando se atinge este estágio, 1 a 2 embriões são suficientes para oferecer uma taxa de gravidez ótima, e diminuindo muito o risco de gestação gemelar.
“O nosso objetivo não é que a paciente engravide simplesmente, mas sim que ela tenha uma gestação e um parto seguros e que o bebê nasça saudável. Por isso é que existe, inclusive, uma regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM) a respeito do número máximo de embriões a serem transferidos”, pondera o especialista.
Atualização CFM
Em maio deste ano, o Conselho Federal de Medicina atualizou as normas éticas que regulamentam a utilização das técnicas de Reprodução Assistida no Brasil e delimitou que o número de embriões a serem transferidos para mulheres de até 37 anos é de até dois. Acima dessa idade, cada uma poderá transferir até três embriões. Anteriormente, mulheres de até 35 anos podiam receber até dois embriões, mulheres de 36 a 40 anos, três embriões, e acima dos 40 anos, até quatro embriões.
Sobre a Huntington Pró-Criar
A Pró-Criar está completando 22 anos com uma novidade. A clínica, que desde 2018 passou a integrar o Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva, agora passa a se chamar Huntington Pró-Criar. A nova marca une a experiência, o acolhimento e a eficiência de ambas as clínicas na área de reprodução assistida para potencializar o atendimento de excelência aos seus pacientes. Fundada em fevereiro de 1999 pelo Dr. João Pedro Junqueira Caetano, especialista em Reprodução Assistida pela AMB/FEBRASGO, a Huntington Pró-Criar é formada por uma equipe multidisciplinar de ginecologistas, urologista, embriologistas, psicólogos e enfermeiras com larga experiência em todas as áreas da reprodução humana.
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