Especialista orienta a como voltar a ter uma vida sexual ativa
Outubro é o mês voltado para a conscientização do câncer de mama. Ter o diagnóstico da doença afeta o cotidiano da mulher em todos os campos, incluindo, a vida sexual. Uma pesquisa da organização Breast Cancer Now afirma que quase metade das mulheres (46%) tiveram dificuldades sexuais como resultado do tratamento de câncer de mama.
O tratamento contra o câncer de mama pode trazer alguns efeitos colaterais que interferem na sexualidade. “Secura vaginal, dor e perda da libido são os mais comuns. Dessa forma, com esse cenário, a disposição para o sexo pode ficar reduzida”, cita a psicóloga e sexóloga, Sônia Eustáquia.
A sexualidade feminina ainda é cercada de tabus, logo, muitas mulheres deixam de comentar ou pedir ajuda. “A paciente tem vergonha, medo de ser julgada se questionar. Por isso, é importante que o médico também converse sobre como a vida sexual pode ser impactada”, declara.
Outro ponto que precisa ser ressaltado é sobre o impacto da notícia de um diagnóstico de câncer de mama pode influenciar o desejo sexual. “É comum que mulheres se abalem emocionalmente e isso afete a autoestima e autoimagem da paciente. Por isso, é muito importante ter um acompanhamento psicológico para enfrentar esse momento”, alerta a especialista.
Voltando a ter uma vida sexual ativa
A paciente tem que criar mecanismos para exercer sua sexualidade de acordo com seu estado atual, de maneira saudável. “Um ponto importante é valorizar novas formas de sexualidade, que não necessariamente envolvam a penetração, o que incentiva a paciente a procurar outras formas de prazer”, revela.
Falar sobre todos os sintomas com o médico é fundamental. “Conte o que sente para seu mastologista, mesmo que acredite não ser relevante. O médico pode orientar de forma personalizada como a paciente pode enfrentar as dificuldades sexuais e a abordagem pode incluir profissionais de outras áreas da saúde”, aconselha Sônia.
Descobrir um câncer de mama e passar por um tratamento invasivo traz muitos desafios, por isso, a mulher tem que respeitar o processo sem se culpar ou cobrar. “A fadiga é um efeito comum do tratamento de câncer de mama. Ela pode diminuir gradualmente com o tempo e, portanto, você pode ter mais energia para o sexo. Mas é importante estar ciente dos seus limites atuais e não se esforçar demais nem se pressionar tanto. Beba bastante líquido, alimente-se bem e converse com sua equipe sobre o que pode fazer para se sentir menos cansada. Mas não se cobre tanto”, finaliza.
Fonte: Sônia Eustáquia é graduada em Psicologia, Psicanalista, pós-graduada em Neuropsicologia, Sexualidade Humana e Docência do Ensino Superior, a psicóloga Sônia Eustáquia atende em Belo Horizonte promovendo saúde e qualidade de vida aos seus pacientes (@psicologasoniaeustaquia).
Foto: Reprodução | Internet
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